domingo, 13 de maio de 2012

EXISTE PURGATÓRIO?





É muito comum ouvirmos de um protestante que o Purgatório não existe e que essa história foi uma mentira inventada pela igreja na idade média para "vender territórios no céu", através das indulgências.

A idade média é um ponto a ser abordado no link de História da igreja e não iremos nos deter a ele, aqui mostraremos onde encontramos a oração pelos mortos, em especial, as almas do purgatório, segundo a Bíblia, a tradição dos Santos Padres e o Sagrado Magistério, onde a igreja como mestra e mãe, nos ensina a forma correta de crer nessas realidades.

Mas primeiro é de suma importância definir do que se trata a doutrina do Purgatório, para eliminarmos alguns equívocos.

NO SAGRADO MAGISTÉRIO

Primeiramente vejamos como o Catecismo da Igreja Católica define o Purgatório:
"Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu." (CIC, §1030).

Ou seja, o Purgatório é um estado no qual após a nossa morte, iremos nos purificar para alcançarmos um estado de perfeição, e assim nos apresentarmos dignamente a Deus. O Catecismo afirma ainda que: 


"A Igreja chama de purgatório esta purificação final dos eleitos, purificação esta que é totalmente diversa da punição dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório principalmente nos Concílios de Florença (1438-1445) e de Trento (1545-1563)". (§ 1031)


NAS SAGRADAS ESCRITURAS

A princípio, o termo Purgatório não existe na Bíblia, o conceito doutrinário de Purgatório está presente amplamente na Bíblia

1) Em Mt 12, 31 temos que: "Todo o que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste século nem no século vindouro." 

2) Em Cor 3, 9 - 15, temos uma explicação mais clara de São Paulo: 

"Nós somos operários com Deus. Vós, o campo de Deus, o edifício de Deus.Segundo a graça que Deus me deu, como sábio arquiteto lancei o fundamento, mas outro edifica sobre ele.Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso daquele que já foi posto: Jesus Cristo. Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha.a obra de cada um aparecerá. O dia (do julgamento) demonstrá-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um.Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa.Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo.". 



3) Em Lc 12, 45 - 48 Jesus afirma que:

"Se aquele servo, porém, disser em seu coração: 'O meu senhor tarda a vir', e começar a espancar servos e servas, a comer, a beber e a se embriagar.o senhor daquele servo virá em dia imprevisto e em hora ignorada; ele o partirá ao meio e lhe imporá a sorte dos infiéis.Aquele servo que conheceu a vontade de seu senhor, mas não se preparou e não agiu conforme sua vontade, será açoitado muitas vezes.Todavia, aquele que não a conheceu e tiver feito coisas dignas de chicotadas, será açoitado poucas vezes.".

NA SAGRADA TRADIÇÃO

1)Didaqué, livro da doutrina dos primeiros século, atribuída aos doze apóstolos:


“Ao fazerdes as vossas comemorações, reuni-vos, lede as Sagradas Escrituras e oferecei preces a Deus; oferecei também a régia Eucaristia (...) tanto em vossas assembleias como em vossos cemitérios. O pão puro que o fogo tiver purificado e que a invocação tiver santificado, oferecei-o orando pelos mortos

2)São Cipriano – Bispo de Cartago do Século III – afirma que:
“(...) oferecer o sacrifício por alguém ou por ocasião dos funerais de alguém”

3)Tertuliano –  Afirmara no seu escrito De Monogamia, no número 10:
“A esposa roga pela alma do seu esposo e pede para ele o refrigério, e que volte a se reunir com ele na ressurreição; oferece sufrágios todos os dias de aniversário de sua morte”

CONCLUSÃO



Percebe-se que na Sagrada Escritura, no Sagrado Magistério e na Sagrada Tradição, encontramos a oração pelos mortos e a doutrina do Purgatório sempre presente, de forma que esta doutrina é e sempre foi verdade de fé. Rezemos então pelas almas do purgatório:

Ó DEUS de bondade, de Misericórdia Tende piedade das benditas almas dos fiéis, que estão sofrendo e que padecem no purgatório, aliviai as suas penas, dai-lhe Senhor o descanso Eterno, e Fazei nascer para elas a LUZ perpétua. Amém.

Ó Maria  concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.

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